Caixa será única financiadora do Minha Casa Minha Vida

A Caixa Econômica Federal se tornará o único banco a financiar imóveis do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal. A notícia foi anunciada logo após o Banco do Brasil optar por não financiar mais as obras do MCMV. Com isso, só haverá uma opção de banco para financiar através do programa habitacional.

A saída do Banco do Brasil do Minha Casa, Minha Vida foi motivada, dentre outras coisas, pelo elevado índice de inadimplência agravado pela crise econômica e também pela baixa rentabilidade que o financiamento pelo Minha Casa, Minha Vida gera para o banco.

O BB é hoje o segundo maior agente financiador. Já a Caixa Econômica Federal é a instituição com mais financiamentos imobiliários, tendo representatividade de 51,72% do mercado, ficando isolada frente aos seus concorrentes.

Depois que o Banco do Brasil começou a financiar imóveis do Minha Casa, Minha Vida, algo que foi exigência durante o governo do PT, a rentabilidade do banco estatal caiu de 14% ao ano para, apenas, 7% ao ano.

Quem já possui financiamento pelo Minha Casa, Minha Vida através do Banco do Brasil não será impactado pela mudança. A alteração restringe apenas novos créditos através do BB. Em breve, quem procurar uma agência do BB para financiar através do Minha Casa, Minha Vida será direcionado para a Caixa Econômica Federal, que será o único agente financiador.

Além da desistência do MCMV, o BB ainda vai passar por um grande plano de restruturação de modo que seja possível aproximá-lo dos bancos privados. Um programa de demissão voluntária deverá ser aberto, cuja previsão é de demissão de até 18 mil funcionários, haverá também a extinção de algumas áreas e a compactação de outras.

O primeiro banco do país quer focar seus esforços na concessão de crédito imobiliário para famílias de classe média e alto poder aquisitivo, onde a taxa de inadimplência é menor e a lucratividade maior.

Esse mês o BB também anunciou a saída do Banco Postal, com isso, o banco estatal não terá mais nenhum correspondente bancário em agências dos Correios. Tais medidas visam deixar a instituição mais competitiva perante os seus investidores.

Quem ganha com isso deve ser a Caixa Econômica Federal que deve aumentar a sua fatia de participação no mercado de financiamento imobiliário.